Os Três Porquinhos

Era uma vez, três porquinhos irmãos que viviam em uma floresta cheia de árvores altas, flores coloridas e cantos de passarinhos.

CLÁSSICAS

Os Três Porquinhos

História infantil para ler na hora de dormir


Era uma vez três irmãos porquinhos muito alegres: Pipo, Tico e Nino. Eles viviam com a mãe, que já estava velhinha e decidiu que era hora de cada um construir sua própria casa para aprender a ser independente.

— Meus filhos — disse a mamãe porca com carinho —, cada um deve construir uma casa segura e forte. O mundo lá fora é cheio de aventuras, mas também de perigos. O mais importante é trabalhar com dedicação.

Os porquinhos se despediram e foram pela floresta procurar um bom lugar para viver.

O primeiro porquinho, Pipo, era o mais apressado. Ele queria terminar logo a sua casa para poder brincar.
— Vou fazer tudo de palha! É rápido, leve e mal posso esperar para descansar e cantar!

Em pouco tempo, a casinha estava pronta. Pipo passou o resto do dia tocando flauta e dançando.

O segundo porquinho, Tico, era um pouco mais cuidadoso, mas também gostava de aproveitar a vida.
— Madeira é resistente o suficiente. Assim termino rápido e ainda tenho tempo para descansar.

Ele construiu sua casa com troncos e tábuas. Ficou mais firme que a do irmão, mas ainda não muito forte.

O terceiro porquinho, Nino, era o mais dedicado.
— Vou levar o tempo que for preciso, mas construirei uma casa de tijolos, sólida e segura.

Durante dias, Nino trabalhou sem descanso, misturando cimento, empilhando tijolos e cuidando de cada detalhe. Seus irmãos riam dele:
— Pra que tanto esforço, Nino? Venha brincar! — diziam.

Mas Nino continuava focado, acreditando que um bom trabalho trazia paz no futuro.

Certa noite, enquanto os porquinhos dormiam, um lobo malvado rondava a floresta. Com fome e astuto, ele logo encontrou a casinha de palha.

— Ora, ora, que cheirinho bom de porquinho! — rosnou. — Porquinho, porquinho, me deixe entrar!
— Não, não, de jeito nenhum! — respondeu Pipo, tremendo.
— Então vou soprar, assoprar, e sua casa vou derrubar!

E com um só sopro a casa de palha voou pelos ares. Pipo correu desesperado para a casa de madeira do irmão.

O lobo não demorou a encontrá-los.
— Porquinhos, porquinhos, me deixem entrar!
— Não, não, de jeito nenhum! — gritaram os irmãos.
— Então vou soprar, assoprar, e sua casa vou derrubar!

O lobo encheu o peito e soprou com tanta força que as tábuas caíram no chão. Pipo e Tico correram apavorados para a casa de tijolos do irmão Nino.

Ao chegar, Nino abriu a porta e deixou os irmãos entrarem.
— Eu avisei que precisávamos de uma casa forte! Agora fiquem tranquilos, aqui estaremos seguros.

O lobo logo apareceu e tentou repetir sua ameaça.
— Porquinhos, porquinhos, me deixem entrar!
— Não, não, de jeito nenhum! — responderam em coro.

O lobo soprou uma, duas, três vezes… mas nada aconteceu. A casa continuava firme, sólida como uma montanha.

Furioso, o lobo teve uma ideia: subir pela chaminé!
— Se não posso entrar pela porta, entrarei pelo teto!

Mas Nino, sempre preparado, colocou uma grande panela de água para ferver bem embaixo da chaminé.

Quando o lobo escorregou e caiu, deu um pulo imenso de dor ao se queimar. Gritando, fugiu correndo para nunca mais voltar.

Os três irmãos se abraçaram emocionados. Pipo e Tico agradeceram ao irmão pela sua dedicação e prometeram nunca mais escolher o caminho mais fácil.

— Agora sabemos que esforço e paciência trazem segurança — disse Pipo.
— E juntos somos mais fortes do que sozinhos — completou Tico.

Desde então, os três porquinhos viveram felizes, protegidos na casa de tijolos, onde aprendiam, brincavam e recebiam visitas da mamãe porca, orgulhosa de seus filhos.

E o lobo? Nunca mais ousou chegar perto daquela parte da floresta.

✨ Fim ✨